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Outubro Rosa: informação clara, cuidado contínuo e acesso ao exame pelo SUS

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O Outubro Rosa é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama. Para os servidores públicos — de garis e auxiliares a professores, profissionais de saúde, administrativos e guardas — a mensagem é direta: informação de qualidade e cuidado contínuo salvam vidas. No Brasil, o Ministério da Saúde e o INCA orientam a detecção precoce com base em evidências, organizando o acesso à mamografia pelo SUS e reforçando o papel da atenção primária (UBS) como porta de entrada.

O que é essencial saber (em linguagem simples)

Detecção precoce: quem faz mamografia e quando

  • Rastreamento populacional (SUS): a orientação nacional vigente é mamografia a cada 2 anos para mulheres de 50 a 74 anos, como estratégia que mostra redução de mortalidade quando feita de forma organizada.
  • Acesso ampliado a partir dos 40 anos: o Ministério da Saúde anunciou que garantirá acesso à mamografia a mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas. Procure sua UBS para avaliação e encaminhamento — a organização do serviço é local.
  • Sintomas ou sinais em qualquer idade: nódulo, retração da pele/aréola, secreção pelo mamilo, vermelhidão persistente ou mudanças recentes devem ser avaliados imediatamente. Nesses casos, a mamografia tem finalidade diagnóstica, podendo ser indicada para mulheres e homens.

Importante: autoexame não substitui o rastreamento. A recomendação oficial é estar atenta ao próprio corpo (“breast awareness”) e procurar o serviço de saúde diante de alterações.

Onde começar no SUS

  • UBS (Unidade Básica de Saúde): é a porta de entrada. Profissionais avaliam sua necessidade, solicitam exames e agendam a mamografia conforme protocolos.
  • Rastreamento organizado: o objetivo do SUS é ampliar a cobertura regular da mamografia para quem está na faixa recomendada, evitando faltas e repetição desnecessária de exames.

Mitos e verdades 

  • “Autoexame evita o câncer.”
    Mito. Ele não reduz mortalidade; o foco é conhecer o próprio corpo e buscar atendimento se notar mudanças.
  • “Homens não têm câncer de mama.”
    Mito. É raro, mas pode acontecer; sinais suspeitos devem ser avaliados.
  • “Toda mulher precisa fazer mamografia anual.”
    Depende. Para rastreamento populacional, a diretriz é bienal (a cada 2 anos) para 50–74 anos; para 40–49 anos, o acesso foi garantido pelo Ministério, e a UBS avalia a necessidade caso a caso.

Pequenas atitudes que protegem

  • Agenda em dia: se você está na faixa de 50–74, confirme na UBS quando foi sua última mamografia e agende a próxima.
  • Atenção aos sinais: notou algo diferente? Procure atendimento — não espere.
  • Apoio no trabalho: incentive colegas a marcar o exame e acompanhar quem tem consulta, especialmente quem enfrenta barreiras de deslocamento ou de informação.

Papel do RPPS e do Serviço Público

  • Comunicação acolhedora: cartazes e mensagens internas com linguagem simples sobre quem deve fazer mamografia e onde marcar (UBS/telefone/app local).
  • Ambiente de apoio: permitir ajustes de horário para consultas/exames fortalece o cuidado e reduz faltas por agravamento de saúde.
  • Prevenção a golpes: suspeite de mensagens que ofereçam “mamografia sem fila” mediante pagamento/links estranhos. Confirme nos canais oficiais.

Nota ao segurado (previdência): em caso de afastamentos por incapacidade temporária durante tratamento, após a EC 103/2019 o pagamento não corre à conta do RPPS; é pago diretamente pelo ente federativo (Administração/Tesouro). Confirme os fluxos locais com sua Secretaria de Administração/Recursos Humanos.

O Outubro Rosa é um chamado à ação informada: organizar o rastreamento, buscar a UBS diante de sinais, apoiar colegas e combater desinformação. Com informação oficial, atendimento acolhedor e exames no tempo certo, a gente salva vidas e fortalece a saúde de quem faz a cidade acontecer.